19 de Abril de 1965
1. Nível de enquadramento e grau de disciplina geral
a) Nível de Enquadramento:
Excelente, quer no respeitante a oficiais quer a sargentos
b) Grau de disciplina geral
Muito Bom
2. Intensidade operacional desenvolvida
Durante 1 ano, actuou na zona de ZALALA - QUITEXE, em área onde o IN, embora não tivesse actuado por iniciativa própria senão uma vez, reagia vivamente quando assediado, fazendo uso de ESP., PN, NL e GM.
Desenvolveu intensa actividade, com vista a reconhecer o terreno e a localizar e destruir os núcleos IN, não se furtando a esforços nem a sacrifícios.
Foi chamada a colaborar, fora da sua área, em operações ao nível Batalhão sobre as regiões muito dificeis dos vales dos rios VAMBA e CALAMBINGA, e SERRA VAMBA, MAMBINGA e AMBUILA.
Graças à sua actuação, o IN foi assediado nos seus refúgios e destruição da CENTRAL QUITEXE, do Quartel de QUIJOÃO e de Núcleos da SERRA VAMBA e VALE DO RIO CALAMBINGA, em locais muito dificeis de acesso e onde até então as NT nunca haviam ido.
Promoveu a colaboração com os núcleos de NOVA CAIPEMBA e SÃO JOSÉ DO ENCOJE e da OPVDCA de um modo tal, que mereceu rasgados elogios quer do Comando do Batalhão, quer do Sector, quer do QJ/RMA.
O facto de as condições de salubridade do Aquartelamento serem más, de que resultou muitas baixas por doenças, em nada afectou o ritmo da actividade operacional, que foi sempre em cada momento, aquilo se tornou necessário.
Após a saída da ZA de ZALALA - QUITEXE permaneceu cerca de 6 meses na área do MOSSUNGO (CERCA), área que procurou conhecer perfeitamente, desenvolvendo uma acção a todos os títulos digna dos maiores elogios, quer operacional, quer junto dos povos nativos.
A partir de Outubro de 1964 teve a seu cargo a área de CAMBAMBE - DONDO, ainda o posto de LUCALA, onde procurou cumprir a missão sem se poupar esforços.
Durante a sua permanencia em ZALALA foi chamada a colaborar em operações fora do ZA na área dos batalhões vizinhos - SRRA DO UÍGE e REGIÃO DE INGA. E, durante a sua permanência no SUBSEC B3, foi chamada a colaborar em operações ao nível comando chefe realizadas no SEC I (CHELA DOIS, OUTRA VEZ, DUAS PASSAGENS, TAMBOR) e SEC D (PONTO DE HONRA, ANIVERSÁRIO).
3. Mérito do Comandante
O Sr. Capitão Vila Chã, oficial de Artª., adaptou-se perfeita e instantaneamente ao tipo de Guerra em Angola, e foi sempre um Comandante que se impôs pelo exemplo, arrancando sempre à frente os seus homens incitando-os, entusiasmando-os fazendo-se estimar, respeitar e admirar. Dotado de grande espírito de sacrifício foi um Chefe à altura da missão, que mereceu toda a confiança dos comandos.
Manteve a Companhia altamente disciplinada, ao mesmo tempo que estimulou todas as iniciativas que visassem o moral das tropas.
Foi o principal impulsionador da cooperação entre OPVDCA e NT, criando um ambiente de que muito beneficiou a eficiência operacional do Batalhão.
O mérito do Sr. Capitão Vila Chã é, pois, total. Cumpriu generosamente a missão que lhe foi dada.
O Comandante
Henrique da Cruz Antunes
Tenente Coronel
...
52º Encontro da CART. 422, no Regimento de Artilharia Pesada 2, em Vila Nova de Gaia
Major Vila Chã, Alferes Brito, Alferes Ângelo