O texto que se segue é do Francisco António Esteves - Chico
1º Cabo 2124
No decorrer da instrução na RAP2, saímos algumas vezes para a mata do Gregório.
Ao longo do caminho havia um ribeiro e o aspirante Correia, Comandante do 1º Pelotão no qual eu estava integrado, bem como o furriel miliciano Sancho.
Este foi incumbido de ver se havia algum lugar que permitisse que nós saltássemos o dito ribeiro e quando regressou trazia as botas molhadas assim como a bainha das calças.
Este foi incumbido de ver se havia algum lugar que permitisse que nós saltássemos o dito ribeiro e quando regressou trazia as botas molhadas assim como a bainha das calças.
Ao vê-lo, o comandante disse:
- Se você não conseguiu saltar, como vão os outros conseguir?
- Conseguem sim, meu Comandante. Eu é que não formei bem o salto! - Respondeu-lhe o furriel.
Então ordenaram-nos que fôssemos para a mata treinar os saltos no ribeiro.
Começamos a saltar ordenadamente, mas havia um - com alcunha de "Alfaiate" - que já estava a ser visado pela forma hesitante como tentava saltar, a ver se se safava de tal tarefa. Mas quanto mais ele se tentava safar, mais depressa lhe ordenaram que saltasse. Perante a ordem não teve outro remédio senão fazê-lo.
Preparou-se para o salto o mestre "Alfaiate". Recuava excessivamente e quando chegava a altura do salto, travava a fundo!
Após várias tentativas falhadas, disse-lhe o Aspirante:
- Alfaiate, pela última vez, salta! Se não o fizeres eu dou-te um empurrão!
E assim foi...
Levou um empurrão, caiu à água, ficou todo molhado!
Passados uns 15 dias lá voltamos.
Desta vez não foram precisos empurrões!
Regimento de Artilharia - Pesada 2
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